A esperança é um sentimento muito importante para a vida. Quando experimentamos, ainda que por um curto tempo, o sentimento de desespero, percebemos o quanto precisamos de esperança para viver. Vemos isso de maneira clara, por exemplo, nas cartas deixadas por algumas das pessoas que cometem suicídio. Geralmente são cartas que deixam clara a falta de esperança que tomara conta daquele que suicidou. O fato é que a esperança é fundamental para uma vida saudável.
O problema é que a vida nos frustra. Muitas vezes as coisas não acontecem como gostaríamos, ou como esperávamos. Pessoas nos ferem, traem e decepcionam. Relacionamentos adoecem e se quebram. Sem esperar somos pegos por uma dívida inesperada, um negócio que não deu certo, uma crise financeira internacional ou nacional e nos vemos sem saída. Pode ser também uma má notícia após um exame médico de rotina ou um acidente e, de repente, a saúde que até ontem parecia boa, hoje se torna motivo de preocupação e tristeza. À medida em que a vida acontece, repentinamente nos vemos sem esperança e sem saída.
Mas o que a Bíblia diz a respeito dessas situações? Não era para as coisas funcionarem bem para o cristão fiel? A Bíblia tem resposta para essa questão. Romanos 5.3-5 ensina que a forma que Deus usa para construir esperança em nós é a própria tribulação.
“E não somente isto, mas também nos gloriamos nas tribulações, sabendo que a tribulação produz perseverança, a perseverança produz experiência e a experiência produz esperança. Ora, a esperança não nos deixa decepcionados, porque o amor de Deus é derramado em nosso coração pelo Espírito Santo, que nos foi dado.”
(Romanos 5.3-5, NAA)
Em suma, a tribulação é a ferramenta que Deus usa para construir esperança em seus filhos. As dificuldades da vida, os momentos sombrios da nossa alma e os dias de tempestade visam produzir perseverança, experiência e, como consequência destas, esperança! Além dessas três bênçãos, o apóstolo Paulo nos diz que por meio delas o amor de Deus é derramado em nossos corações através do Espírito Santo e não ficaremos decepcionados.
Paulo e Silas entendiam bem o objetivo de Deus no sofrimento e, por isso, conseguiam orar e cantar louvores a Deus após terem sido chicoteados e presos de maneira injusta (Atos 16.16-25). Eles eram pessoas comuns, como eu e você, mas tinham um entendimento muito correto acerca do sofrimento e isso fazia toda diferença na vida diária deles.
Você pode encarar a frustração das derrotas e embates da vida e permanecer caído, derrotado, deixando-se dominar pela amargura e permitindo que essa situação vire uma prisão interna ou você pode fazer como o apóstolo Paulo, que tinha a consciência dos objetivos de Deus nas tribulações, nos problemas e nas dificuldades. Ele tinha a convicção de que esse objetivo era bom e perfeito para a vida dele e você também pode ter.
Deus não te abandonou em tua dor. Muito pelo contrário! Ele é o Pai amoroso que sabe como moldar o caráter de Cristo em você. Teu Pai quer ver você cada vez mais parecido com o teu irmão mais velho, Jesus Cristo. Ele quer te usar, mas, para isso, precisa primeiro moldar seu caráter por meio de tribulações.
Ore. Fale com Ele que está doendo e peça a Ele forças para passar pela provação e ser aprovado como um filho que confia no cuidado paternal e amoroso de seu Pai. Estude a Bíblia. Peça ajuda de um irmão(ã) maduro(a) na fé. Busque usar os recursos que o próprio Deus nos deixou para passar pelas dificuldades de forma aprovada. Que o Pai amoroso te ajude!!